"Não temos o que comemorar neste final de ano com 2.840 pacientes aguardando por cirurgia no Santa Terezinha" afirma o vereador Araújo
"Não temos o que comemorar neste final de ano com 2.840 pacientes aguardando por cirurgia no Santa Terezinha" afirma o vereador Araújo
PUBLICADO EM 07/12/2021 - 00:00

Durante o expediente político na sessão de segunda-feira (6), o vereador Claudemir de Araújo (PTB) criticou e cobrou novamente que o Governo Municipal tome uma atitude concreta para amenizar a situação das pessoas que precisam de cirurgia eletiva no Hospital Santa Terezinha de Erechim.

De acordo com o parlamentar, 2.840 pacientes estão na fila de espera para realização de cirurgia em várias especialidades. "Sei que nos últimos meses estou me tornando repetitivo, quando o assunto é a saúde de nossa população. Porém não posso me calar diante desta situação, em que pacientes agonizam há meses, alguns há anos, aguardando por cirurgia. Pessoas com câncer, onde o atendimento imediato é fundamental para a sobrevivência, todos sabemos disso. Pessoas que necessitam fazer cirurgia de prótese de quadril e joelho que estão praticamente se arrastando e vivendo a base de morfina para diminuir sua dor. Na minha opinião não temos o que comemorar neste final de ano, com tantos erechinenses sofrendo e correndo o risco de morrer pela falta de atendimento".

Tendo em mãos os números recebidos da Secretaria Municipal de Saúde e do próprio Hospital Santa Terezinha, o vereador cobrou a realização de mutirões e também a compra do serviço na rede privada. "São 1.216 pacientes de Erechim e outros 1.624 encaminhados pelos 32 municípios da Região Alto Uruguai, totalizando 2.840 pacientes na fila de espera. De acordo com a direção do hospital algumas meditas estão sendo tomadas para atender a toda esta demanda reprimida, como abertura de mais uma sala de cirurgia, realização a partir do dia 11 deste mês de cirurgias de 15 em 15 dias aos sábados, pedido de coparticipação dos municípios da AMAU para pagamento de honorários médicos e serviços hospitalares, além de renegociação de contratos com as equipes médicas para mutirão. Porém, com todas essas ações o prazo para cumprir com a demanda reprimida é de um ano. É desumano o que está acontecendo, um ano é muito tempo quando estamos falando de algo tão importante quanto a vida das pessoas".

O vereador mencionou ainda as seis especialidades que estão no topo da lista de cirurgias represadas. "Somos procurados diariamente por pacientes e seus familiares que estão desesperados. A situação é realmente triste e as pessoas não sabem mais a quem recorrer. Para termos a real dimensão do problema separamos aqui o número de pacientes em fila de espera nas seis especialidades que estão no topo da lista: cirurgia geral 931, cirurgia de prótese de joelho 263, cirurgia ginecológica 231, cirurgia oncológica 202, cirurgia de prótese de quadril 192 e cirurgia vascular 181. Providências sérias e importantes precisam ser tomadas urgentemente e enquanto vereador vou continuar pressionando e cobrando uma solução".