Não são poucos os brasileiros que sofreram - e ainda sofrem - com os impactos econômicos decorrentes da pandemia de covid-19, que há mais de um ano assola o mundo. Em Erechim, esta realidade não é diferente, com muitas famílias em situação de vulnerabilidade em razão da grande onda de desemprego e fechamento de empresas. Como forma de amenizar este preocupante cenário, os vereadores Anacleto Zanella (PT), Serginho Bento (PT), Sandra Picoli (PCdoB) e Ale Dal Zotto (PSB) sugeriram ao Poder Executivo, durante a sessão ordinária da última segunda-feira (3), a criação de um auxílio emergencial municipal para desempregados e profissionais autônomos. A proposta foi encaminhada à Prefeitura após ser lida no plenário da Câmara.
Conforme explicam os parlamentares, dados disponíveis no Portal da Transparência apontam que cerca de 20% da população erechinense recebeu o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo federal entre abril e dezembro de 2020. No entanto, com a suspensão do pagamento nos primeiros meses de 2021 - e a recente retomada e diminuição dos valores -, as pessoas que dependem desta renda para sobrevivência continuam em situação financeira bastante instável. "O município, sobretudo em época de pandemia, não deve visar o fortalecimento de seu caixa, mas, sim, ter como missão ajudar toda a população a atravessar dignamente este período de dificuldades e privações", avaliam.
Valor condizente com a arrecadação
Anacleto, Serginho, Sandra e Dal Zotto sugerem, ainda, que o montante disponibilizado pelo município seja condizente com a arrecadação, mas não inferior a R$ 250 mensais, a serem pagos enquanto perdurar o estado de pandemia. "Reiteramos que é fundamental que seja dada prioridade de acesso ao benefício às mães chefes de família, visto que são as únicas responsáveis pela manutenção do lar e cuidado dos filhos", frisam, citando os municípios de Canoas (RS), Belém (PA), Rolândia (PR), Nova Odessa (SP), São Paulo (SP) e Franca (SP) como exemplos bem-sucedidos da proposta que demandam para Erechim.