A sessão ordinária da última terça-feira (28) foi marcada pela aprovação de uma moção de autoria do vereador Anax Pezzin (Republicanos) referente ao recente projeto em que o governo federal postergou a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. A medida se deu em caráter emergencial, tendo em vista os grandes prejuízos econômicos do estado em razão da catástrofe ambiental atual. Em sua moção, o parlamentar manifestou repúdio a sete deputados federais e um senador – todos gaúchos – que foram contrários às emendas apresentadas ao referido projeto.
A primeira
emenda tinha como objetivo anistiar as parcelas das dívidas no período de 36
meses, a fim de aliviar as finanças, enquanto a segunda visava à anistia de
toda a dívida. “Ambas trariam alívio a médio e longo prazo às finanças públicas
do Rio Grande do Sul, que há décadas vem operando em sucessivos déficits,
aumento de impostos e falta de investimentos em todas as áreas. Para justificar
o injustificável, os sete deputados e o senador alegaram a
inconstitucionalidade das emendas, mas não entendemos desta forma, pois os
dispositivos constitucionais que tratam de anistia são regras gerais e não
aprofundam os requisitos para serem concedidas. Repudiamos veementemente esta
postura, pois diante da maior catástrofe da história brasileira, temos
deputados, deputadas e senador que não estão comprometidas em amenizar tanta
dor, tristeza e incertezas que pairam sobre a sociedade”, critica Anax.
Os
parlamentares apontados pelo vereador são os deputados federais Afonso Motta,
Bohn Gass, Denise Pessôa, Alexandre Lindenmeyer, Dionilso Marcon, Maria do
Rosário e Reginete Bispo, além do senador Paulo Paim. Após a aprovação, a moção
foi encaminhada à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.